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"A alma que não se abate, que recebe indiferentemente tanto a tristeza como a alegria, vive na vida imortal."Fonte - Bhagavad-Gita

segunda-feira, 15 de julho de 2013

TRANSCRIÇÕES - SRI PREM BABA






Satsang de Aniversário

Estamos aqui reunidos, cantando em diferentes línguas a vitória do amor.
Hoje é a última transmissão deste ciclo aqui no ocidente. Faremos um fechamento no domingo, com uma cerimônia do fogo e uma bela celebração, para fechar esse ciclo de atividades. Posso afirmar que foi um belíssimo ciclo.
Hoje, nesse dia de Vyasa Puja, estou recebendo muitos presentes. Um deles é esta benção na forma de chuva: beijinhos de Deus (risos). E também a constatação de que este trabalho não está sendo em vão. Talvez o melhor presente que um discípulo pode dar ao Mestre, é colocar em prática os seus ensinamentos. E hoje eu quero compartilhar com vocês uma constatação que eu fiz, do bom karmaque eu tenho, de ter discípulos realmente comprometidos com o ensinamento. Durante este ano eu tive a alegria de ver flores brotando em diversos jardins pelo mundo. Esse florescimento está sendo possível, porque alguns de vocês estão colocando em prática alguns dos ensinamentos. E um dos principais ensinamentos é a respeito da importância do “serviço”.
Se eu pudesse eleger um dos instrumentos que possibilita a ascensão, eu elegeria o serviço. Eu o elegeria como o mais poderoso instrumento. Quando você se permite servir ao Supremo, sem querer nada em troca, você sente satisfação imediata. O que pode parecer até mesmo uma pegadinha, porque eu estou dizendo que o valor do serviço está justamente no desinteresse. Mas estou lhe dizendo também que, quando você se entrega para esse serviço, imediatamente o seu coração é preenchido de satisfação, de alegria. Então, muitos obviamente se entregam para o serviço, para experimentar essa alegria. E com isso, vão se deparar com a necessidade de purificar mais um núcleo de egoísmo dentro si, porque ainda estão fazendo com interesse de sentir alegria.
Mas não há nada de errado em você iniciar dessa maneira. Você começa a partir do interesse em experimentar a alegria. E a partir daí, você vai então identificar esses pontos que precisam ainda ser purificados, e vai pouco a pouco os purificando, até que você possa estar entregue para o serviço de forma desinteressada. Até que você possa estar entregue para o serviço, somente por amor a Deus. E é esse serviço realizado por amor a Deus que acaba te trazendo esse preenchimento, essa alegria sem causa.
Eu pude ver muita gente realmente entregue para o serviço por amor a Deus. E pude então constatar mais uma vez o poder desse instrumento. Chega a ser impressionante o poder dele. Quando algumas pessoas de boa vontade se reúnem e focam a sua atenção em uma direção, são impressionantes os resultados. Impressionante... Eu pude ver isso acontecer em várias cidades, em vários países do mundo que eu tive a chance de visitar.
Maharajji me levou para muitos lugares esse ano. Através de mim, transmitiu muitas bênçãos. E enquanto eu estava nesse serviço, por amor a Ele, meu coração ia se preenchendo de alegria. E uma das coisas que me causou bastante alegria foi justamente ver as pessoas dedicadas, empenhadas em servir. Eu quero aqui honrar esse serviço. Quero honrar essa entrega. Honrar virtudes que eu vi se manifestarem através de muitos. Lealdade, obediência, humildade, aceitação. Vi o amor se manifestar de muitas maneiras.
Quando estava na Índia, ainda esse ano, eu disse: “2012 será um ano muito intenso”. Um ano que marca o início do clímax do Parivartan, que é essa grande transição planetária, que é o objetivo do nosso trabalho. O sankalpa, com a promessa de Sachcha Baba, se dirige exatamente para a realização desse Parivartan. É o trânsito do medo para a confiança, do ódio para o amor, do estado de separação e isolamento para a experiência da unidade.
E disse que eu daria o meu melhor para essa aventura de fazer o maior número de transmissões possíveis, direta e indiretamente. Porque, muitas vezes a transmissão é somente através de uma passagem por um lugar, que possibilita a irradiação da luz de Sachcha, que ativa os códigos internos da luz que encontram ressonância.
Eu estou fechando, então, esse ciclo bastante satisfeito. Sinto que foi um ciclo bem sucedido. E só foi bem sucedido por conta da sua ajuda, por conta do seu comprometimento com o sadhana; do seu comprometimento com o serviço; do seu comprometimento com a paz, com o amor, com a alegria. Sinto que, pouco a pouco, cada vez mais pessoas estão podendo se acostumar com a linguagem do êxtase.
Sabemos que, de uma forma geral, estando então no início desse clímax do Parivartan, muitos estão experimentando até mesmo uma agudização da sombra. Como em todo tratamento natural, em que a doença precisa vir pra fora, e às vezes até mesmo se manifestar com mais intensidade, para que então possa se encontrar o caminho da cura. Mas, independentemente então dessas catarses, independentemente desses processos de cristalização de alguns padrões negativos que estão ainda em fase de procura do caminho da integração, eu já tenho visto muitos, no momento de poder disfrutar da alegria da integração de vários desses aspectos.
Tenho tido a chance de constatar muitos já podendo ficar bem no bom. Ou seja, já estão podendo realmente sustentar o êxtase. Porque podemos também dizer que o objetivo da jornada é transitar desse estado em que você é dominado por uma intencionalidade negativa para o outro estado, em que você age a partir de uma intencionalidade positiva. Talvez possamos sintetizar o nosso trabalho como o processo que te ajuda a experienciar a reciprocidade - no sentido mais profundo do significado da reciprocidade - que é o encontro de duas correntes de aquiescência.
Então, estamos trabalhando para possibilitar que você viva no sim. Que você possa sustentar o sim quando o outro também lhe diz sim. Em outras palavras, manter o coração aberto quando o outro está com o coração aberto. Manter a presença em todos os momentos. Esse é o grande desafio. Estamos falando de uma reprogramação celular, para que cada célula do seu corpo possa vibrar de acordo com a Vontade divina. Essa Vontade divina, essa Manifestação da vida em si mesmo, a que muitas vezes eu chamo de sim. Esse sim é uma manifestação do seu Eu divino. Que é a Verdade em si mesma. Essa manifestação divina em cada um de nós se move em direção à construção, à união, ao amor, à prosperidade, à saúde. É como um raio que se orienta nessa direção.
Vimos o quanto esse tão poderoso instrumento do Ser que é a mente, que o ser humano ainda não aprendeu a utilizar, e que por não saber utilizá-la tem gerado um desvio desse caminho proposto pelo Ser. (Quando eu falo que o ser humano não soube utilizar esse instrumento que é a mente, talvez eu não esteja me expressando tão adequadamente - talvez o mais adequado seja dizer que o ego consciente não está fazendo ainda um bom uso desse instrumento que é a mente). É, porque exatamente ser humano é justamente a possibilidade de estar aqui nesse corpo encarnado, tendo um ego, mas possibilitando a expressão das virtudes do Ser.
Então, podemos também dizer que estamos aqui para nos tornarmos humanos. Humano é aquele que manifesta valores humanos: amizade, respeito, entre tantos outros. E são essas qualidades humanas que nos possibilitam ascender para os reinos divinais. Por isso eu tenho dito que, nesta fase da evolução, nós somos entidades humanas em evolução. Nós vamos nos tornando humanos, e vamos então nos direcionando para a possibilidade de nos tornarmos Divinos, justamente quando podemos então manifestar reciprocidade. Esse é o ponto central do nosso estudo.
Se você estiver atento a tudo aquilo que eu tenho te ensinado ao longo desses anos, você vai perceber que esse é o ponto central. Que, em outras palavras, significa a desidentificação do ciclo vicioso do sadomasoquismo. Muitos de vocês já entenderam bem isso. E também já entenderam que entender não é o suficiente. E que colocar em prática não é tão simples. Porque se trata de um padrão muito arraigado. Quando eu falo desse casamento entre a corrente vital e o sofrimento, eu não estou falando de qualquer coisa, estou falando a respeito do núcleo central daquilo que mantém a entidade presa ao sadomasoquismo, e o que faz com que ela reedite a guerra. Quer seja a guerra com seu parceiro afetivo, seu parceiro sexual, seu sócio, seu vizinho, às vezes até com seu cachorro, às vezes até com as flores do seu jardim... Eu tenho falado muito a respeito desse poder que age através de você, e que te leva repetidamente para o mesmo buraco. Eu tenho explicado de diferentes maneiras os vários desdobramentos, as muitas nuances que se derivam do poder desses padrões.
Mas independentemente de ser um pacto de vingança por não ter sido atendido na sua necessidade de amor exclusivo, quer seja somente uma identificação com o ciclo vicioso do sadomasoquismo, independentemente da abordagem que você está utilizando pra entender o fenômeno de ser atraído pelo buraco, o importante é realmente compreender que existe uma força em você que está te levando para aquele lugar. E a única possibilidade de cura, de libertação, está em se voltar para dentro de si mesmo; encontrar as causas reais que te levam pra aquele lugar para o qual conscientemente você não deseja ir. Fazer a relação de causa e efeito. Identificar que, assim como você tem um desejo pelo positivo, tem também um desejo pelo negativo dentro de você. Porque senão não estaria acontecendo esse negativo. Porque o único poder capaz de plasmar qualquer coisa que seja nesse plano material é o desejo. Você pode não estar consciente dele, mas ele existe. Então, vamos te levando a tomar consciência desse desejo. E quando isso ocorre já começa uma tremenda diminuição da guerra. Mesmo que você não tenha ainda se libertado do desejo pelo negativo. Mas o fato de você assumir responsabilidade pelas situações negativas, ao invés de culpar o outro, ao invés de acusar o outro, já possibilita realmente uma diminuição do peso que se manifesta na sua vida e no mundo.
Então, eu estou tendo a chance de ver nesse ano, muitos já se responsabilizando pelas suas dificuldades. Muitos estão conseguindo realmente ir além do jogo de acusações. E estão batendo na porta da verdade, procurando encontrar a razão pelas repetições negativas, buscando a razão daquilo que estão levando-os para o mesmo buraco. Então, estou honrando esse movimento. Estou honrando essa autorresponsabilidade, estou honrando essa conscientização de que você está onde você se coloca. Essa é uma grande vitória. E tem aqueles que já tiveram o bom karma de ir um pouco além. Alguns que já estão podendo atravessar a rua e não mais cair no buraco da calçada. Então, estou aqui também honrando essa maravilhosa vitória. Que é a vitória de identificar a voz do ‘eu inferior’ te chamando para o buraco, e não aceitar o convite. Honrando a luz que já se manifesta em você, e que pode dizer: “Chega! Chega de briga, chega de sofrimento! Agora é tempo de paz; é tempo de alegria, de prosperidade, de saúde. Tempo de celebrar a vida”. E recusar o convite do sofredor que te leva para repetir as tão conhecidas, mas às vezes irrecusáveis guerras. E é justamente esse movimento em direção à luz que faz com que a luz possa ir cada vez mais tomando conta de você. Aí você vai realizando esse santo ensinamento. Se você dá um passo em direção a Deus, Deus dá dez passos na sua direção.
Foi em 2002 que eu fui canal de uma mensagem convidando os guerreiros do coração a se preparem para um tempo que estava por vir, que seria talvez a maior de todas as batalhas já vividas na história dessa humanidade. Estava ali naquela época emitindo um chamado pra acordar os antigos guerreiros da Lemúria, da Atlântida, aqueles que estavam já com as armaduras desgastadas de tantas batalhas, e alguns já cansados de tantas batalhas. Mas naquele momento eu lembro que eu disse da importância de renovar os votos, e realmente se abrir para receber a energia que estava chegando, para que você pudesse então reabastecer-se, para dar conta do que estava por vir.
E aí fui dando a vocês algumas datas. E um dos ciclos de preparação foi esse de 2008 até 2012. Seriam quatro anos pra criar um alicerce - que seria um tempo difícil, porque muitas forças contrárias iriam se manifestar. E você ficaria confuso, porque não saberia nem identificar de onde viria tanta dificuldade; se vinha de dentro, se vinha de fora. E eu escolhi te ajudar fazendo com que você entendesse todos os obstáculos como sendo oriundos de um NÃO interno. Até porque esse NÃO interno é que abre as portas também para as forças externas. Porque precisaríamos mesmo conseguir fazer uma travessia por um deserto.
É uma chance rara que nós estávamos tendo. Uma chance rara em termos planetários. Uma chance como essa somente daqui a cinquenta mil anos... A possibilidade de abrir realmente portais que trariam luz para o planeta. A possibilidade real de ampliar o coeficiente de luz. Para que Narad pudesse então realmente conseguir fincar uma bandeira do Satya Yuga dentro desse Kali Yuga.
Ele vem trabalhando com todas as forças já há muito tempo para fazer isso acontecer. Mudar essa condição do planeta de ser uma prisão - a prisão central da galáxia - para ser mesmo de fato uma escola de amor. De fato, ser uma escola de amor. Porque eu trato esse planeta como uma escola de amor. Você sempre me ouviu dizer isso, porque esse é o meu método. Eu vejo o copo que está com água pela metade, e ele está sempre meio cheio, nunca meio vazio. É óbvio que eu sei das dificuldades desse planeta, mas o meu foco está nas possibilidades dele. Meu foco está realmente na possibilidade de a entidade humana se desenvolver. Eu tenho uma fé inquebrantável na humanidade. Uma fé inquebrantável no amor. Eu tenho dito e tenho mostrado a vocês, que é através do amor que a gente consegue realmente subir.
O amor é o solvente universal para todos os males. Através da compreensão, da aceitação, do amor, nós podemos de fato nos libertar de todas as dificuldades que se colocarem nos nossos caminhos. E é isso que vai fazendo com que a gente possa entrar nessa frequência, que nos permite ver esse planeta a partir da luz, vê-lo como uma escola de amor consciente, através do amor. E amor é Deus. O que nós temos feito aqui, através desses cânticos, através dessas orações, dessas cerimônias, é iluminar o amor. Estamos adorando a Deus, que é o amor. É o amor que te liberta. É Deus que te liberta. Liberta-te dessa identificação com o sofrimento, que faz esse planeta ser uma prisão, ao invés de ser uma possibilidade de você amar.
E eu sinto que nós estamos fechando esse ciclo de trabalhos com grande êxito. Mesmo aqueles que não estão compreendendo absolutamente nada do que eu estou falando (risos). Até porque, hoje estou aqui me permitindo falar de algumas questões um pouco mais esotéricas, que nem sempre trato em público. Mas mesmo você que não está entendendo muito o que eu estou dizendo, só pelo fato de você estar aqui, num dia como esse, você prova que está sintonizado com esse êxito. Então, como a purificação não está ainda completada, é possível que você sinta ainda perturbação, principalmente se o karma exige ainda que você esteja vivendo nos grandes centros, onde realmente a água está fervendo a cem graus. Mas mesmo assim você balança, mas você não cai. Você hoje já pode rezar de verdade: “Ainda que eu ande no vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo”. Se você não está fazendo essa oração, da forma como estou dizendo, é porque você não quer. Talvez não esteja precisando. Mas você tem esse instrumento. Você tem esse direito. Você conquistou isso.
Tudo pode estar balançando, mas nada abala esse ponto de fé que você conseguiu estabelecer dentro de você. Podem vir todas as vozes do ceticismo. Podem te levar para muitos lugares. Pode balançar bastante, mas você não cai. Esse ponto de fé te segura. Esse é o êxito ao qual eu me refiro. Essa é a conquista a qual eu me refiro. É um ponto de conexão com o Reino Celestial. Esse ponto de fé é o que te conecta com o Reino Celestial. E rezo para que esse ponto possa realmente crescer cada vez mais dentro de você. Que você possa cada vez mais se dedicar à vida espiritual. Que você possa se dedicar cada vez mais para essa experiência espiritual. Compreendendo que essa é a realidade.
Até bem pouco tempo atrás, muitos de vocês estavam tomando o irreal como real, e o real como irreal. Até bem pouco tempo atrás, vocês achavam uma loucura numa sexta-feira largar o trabalho lá em São Paulo para vir aqui rezar, debaixo de uma chuva dessas... E para quem está do outro lado, isso é uma completa loucura. Talvez seja uma loucura (risos). Mas uma loucura divina. Uma loucura divina! O que é real? O que é real? Eu não estou te ensinando a ser inconsequente. Muito pelo contrário. Mas eu estou lhe ensinado realmente a ser dono de si mesmo. E aprender realmente a eleger prioridades. E você está aprendendo que Deus deve estar em primeiro lugar. Estamos trabalhando para que seu Karma permita que você tenha um trabalho no mundo, que respeite essa necessidade.
Temos muito que fazer ainda nesse mundo. Mas eu estou sentindo muitas aberturas. Muitas aberturas... Estou muito feliz com essa chegada do novo ciclo do tempo - dia 21 de dezembro. Estou muito feliz. Acho que nunca festejei tanto um ano novo (risos). Estou festejando o ano novo, porque eu estou sentindo um novo ano chegar. Tem um novo ano chegando. E aqueles que estão realmente achando que não estou falando para você (risos), compreendam: Eu estou falando para você sim (risos). Você pode nesse momento estar identificado com o sofredor dentro de você. Você pode estar muito encantado ainda com seus dramas, mas eu estou lhe dizendo que realmente tem uma porta aberta aí na sua frente.
É real a possibilidade de romper com o passado. É real a possibilidade de você realmente dar um passo em direção à luz. Nunca senti isso tão real. Eu sinto que isso é resultado de todo esse trabalho. Eu falo da parte que me cabe. Mas muitos canais realmente deram passagem para essa luz no mundo. Estou aqui nesse momento honrando todos esses canais. Todos aqueles, que de alguma forma, direta ou indiretamente, estão contribuindo pra realização do Sankalpa, do sábio Narad. Eu vejo o Parlamento Fakiri, que é esse concílio de seres divinos que estão a serviço desse Sankalpa, dessa promessa crescer.
Houveram mudanças nesse período, muitos seres divinos que estavam muito próximos se distanciaram, foram trabalhar em outros planetas, em outros lugares. Houve uma mudança grande, uma grande sacolejada no oceano. No que diz respeito a esses seres divinos encarnados no planeta, faço referência àqueles que estavam mais próximos a mim, e de quem eu estava mais próximo: Sri Sathya Sai Baba e o meu guru Maharajji, que deixaram o corpo físico no ano passado e que continuam obviamente a nos inspirar de diversas maneiras. Mas acho que é bem óbvia a mudança da frequência - a mudança de eixo com a saída do corpo. E, ao mesmo tempo, outros chegaram.
Então, eu sinto que estamos prontos para iniciar essa nova fase. E vamos estar então anunciando, recebendo, essa nova fase, com esse Maha Yagya para Gayatri que vai acontecer em Allahabad. São oitenta dias de cerimônia. Vai do dia 24 de novembro ao dia 15 de fevreiro. Onde 600 milhões de Gayatri mantra serão oferecidos ao fogo. Isso junto com o Maha Kumbh Mela - esse grande encontro entre pessoas espirituais. Tudo isso pra poder realmente receber esse novo ciclo do tempo; esse clímax do Parivartan. Onde eu recomendo que você possa continuar se dedicando como você vem se dedicando. Colocando os ensinamentos em prática. Procurando realmente redirecionar os vetores da vontade. Poder realmente então dedicar um tempo do seu dia para suas práticas espirituais, para a busca de si mesmo. Até que chegue um momento em que você não precise nem mais dedicar um tempo, porque sua vida se tornou a prática espiritual. Não tem mais separação. Não tem mais separação entre o material e o espiritual. A sua vida toda se tornou espiritual. Não importa onde você esteja, e nem o que esteja fazendo - tudo o que você faz é Sagrado. Um verdadeiro meditador transforma tudo em meditação. Um santo santifica tudo. Onde quer que ele esteja, onde ele passa, santifica tudo. Uma pessoa espiritual espiritualiza tudo, onde quer que ela passe. Não tem mais diferença entre material e espiritual. Tudo é espiritual.
É assim que eu vejo. Essa é minha compreensão. Essa é a compreensão que Maharajji me dá. Essa é a compreensão que Deus me dá. Tudo é Sagrado - tudo, absolutamente tudo. Aquilo que você considera um problema é uma porta de entrada para o seu inconsciente. A porta de entrada para o seu processo de realização. Tudo é Sagrado.
 
BABA NAM KEVALAM
BABA NAM KEVALAM
Isso significa: Tudo é sagrado.
 
Experimente:
(todos)
BABA NAM KEVALAM
BABA NAM KEVALAM
BABA NAM BABA KEVALAM BABA
BABA NAM BABA KEVALAM
 
E como é que você sabe que você está de fato se movendo em direção a essa realidade espiritual, e que não está se enganando? Através da sua vida. Se você está de fato conseguindo realmente manter o coração aberto para o outro; se você está de fato conseguindo ir além do jogo de acusações; se você está conseguindo olhar para o outro além das sombras e ver a luz; se você já está escolhendo mudar de calçada, quando você consegue enxergar o buraco ali na frente. Sabemos que um dos principais instrumentos de aferição são seus relacionamentos. Não tem como se enganar. Por mais astuto que seja o ego, por mais esperta que seja a mente, se você está sabendo utilizar esse instrumento de aferição que são os relacionamentos, não tem como se enganar. É aí que você pode realmente perceber os pontos que ainda precisam ser purificados. É aí que você precisa ter a humildade de assumir que ainda tem pontos para serem purificados, e estar renovando seus votos nessa direção.
Então, estamos falando de dois pontos que são os pontos principais que possibilitam sua evolução: humildade e fé. Isso Maharajji me disse uma vez. “Prem Baba, o que a pessoa precisa pra se desenvolver espiritualmente é humildade e fé”. Se ela tem um quê de humildade e um quê de fé, ela consegue. A questão é que muitas vezes achamos que temos fé e achamos que temos humildade. Alguns inclusive se acham as pessoas mais humildes de todas (risos). Mas com um quê de humildade autêntica e um quê de fé autêntica, a pessoa consegue. E a vida vai ficar o tempo todo trabalhando pra te dar isso. Para te dar esse quê de fé e esse quê de humildade. Eu estou te ensinando a receber com alegria esses chacoalhos (risos).  No mínimo, com gratidão.
Pergunta: Qual a diferença entre humildade e sentimento de inferioridade?
 
São coisas diametralmente opostas. Porque existe um aspecto do orgulho, que é o complexo de inferioridade, que se manifesta também na forma da vítima, na forma do submisso, que pode se fazer passar por humildade. Mas é o oposto exato da humildade. Porque, quando falamos de orgulho, normalmente nos lembramos de alguns aspectos específicos do orgulho, que são a vaidade, soberba, arrogância. Mas o orgulho é um ‘eu’ muito complexo. É uma matriz, uma cabeça de legião de muitos ‘eus’. Um dos ‘eus’ é o submisso, que é uma distorção do atributo divino do amor. Então, esse aspecto do orgulho que é a submissão, ou vitimismo, ou complexo de inferioridade, se acha muito humilde, se acha uma pessoa muito pura, quase santa às vezes. Inclusive se horroriza com as atitudes violentas dos orgulhosos. Porque elas se acham isentas de orgulho. Isso é um autoengano.
Na pessoa verdadeiramente humilde, a humildade nasce do sentimento de igualdade. O humilde não se sente abaixo nem acima de ninguém. A pessoa verdadeiramente humilde se sente igual ao outro. Não abaixo. Se ela se sente abaixo, desconfie dessa humildade. Isso não é humildade. Isso é orgulho disfarçado de humildade. Esse aspecto do orgulho faz a pessoa se sentir impotente, faz ela se sentir fracassada, faz ela se sentir menos. Puro orgulho.
 
Estamos falando de uma máscara. Essa distorção do amor, que é a submissão, é uma máscara. É a máscara do amoroso. É a máscara do humilde. Cutuca um pouco essa pessoa que você vai ver a humildade dela, vai ver o amor dela. Dependendo do tamanho da máscara, não precisa cutucar muito não, só um pouquinho (risos).
Muito bem, meus amados amigos. Sinto que transmiti, na forma de discurso, um resumo de tudo que trabalhamos ao longo desse ano de 2012. É isso. Vamos continuar nossa jornada. Vamos continuar trilhando o caminho do coração. Com cada vez mais consciência, com cada vez mais 

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