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"A alma que não se abate, que recebe indiferentemente tanto a tristeza como a alegria, vive na vida imortal."Fonte - Bhagavad-Gita

domingo, 31 de março de 2013

PRIMEIRA PARTE - Vedas





PREFÁCIO

Existem 108 Upanishads, divididos em Rig Veda, Sukla-Yajur Veda, Krisna-Yajur Veda, Sama
Veda, Atharva Veda e Outros Upanishads.
Nesta parte estarei reunindo as 10 Upanishads do Rig-Veda, a saber: 1. Aitareya Upanishad - 2.
Aksha-Malika Upanishad - 3. Atma-Bodha Upanishad - 4. Bahvricha Upanishad - 5. Kaushitaki-Brahmana Upanishad - 6. Mudgala Upanishad - 7. Nada-Bindu Upanishad - 8. Nirvana Upanishad - 9. Saubhagya- Lakshmi Upanishad - 10. Tripura Upanishad.

“As Upanishads são parte das escrituras Shruti hindus, que discutem principalmente meditação e filosofia, e são consideradas pela maioria das escolas do hinduísmo como instruções religiosas. Contêm também transcrições de vários debates espirituais, e 12 de seus 123 livros são considerados básicos por todos os hinduístas.

Surgiram como comentários sobre os Vedas, sua finalidade e essência, sendo, portanto,
conhecidos como Vedānta ("o fim do Veda"). O termo Upanishad deriva das palavras sânscritas upa
("perto"), ni ("embaixo") e chad ("sentar"), representando o ato de sentar-se no chão, próximo a um
mestre espiritual, para receber instrução. Os professores e estudantes são vistos em uma série de
posições sentadas (o marido respondendo questões sobre imortalidade, um adolescente sendo
ensinado pela Morte, etc.). Às vezes os sábios são mulheres e outras vezes as instruções (ou antes
inspirações) são dadas por reis.” Fonte de consulta: Wikipédia.




Aitareya Upanishad

(Rig Veda)
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Traduzido para o Inglês por
Swami Nikhilananda
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Fonte de Consulta
Vedanta Spiritual Library
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Traduzido para o Português por
Uma Yogini em seva a Sri Shiva Mahadeva
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Brasil – RJ
Novembro/2009

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Invocação

Que o meu discurso possa ser fixado em minha mente, que minha mente seja fixada em meu discurso!
Oh Eu – luminoso Brahma, sê manifestado para mim.
Oh mente e discurso, que você possa me trazer o significado dos Vedas!
Que o que eu possa estudar dos Vedas não me deixe! Eu devo unir dia e noite através destes estudo.
Eu devo pensar correto; eu devo falar correto.
Que Brahma possa proteger-me, que Brahma proteja o professor!.
Que Brahma possa proteger-me, que Brahma proteja o professor!.
Om. Paz! Paz! Paz!



PRIMEIRA PARTE

CAPÍTULO I — A CRIAÇÃO DE VIRAT

1. No início, tudo isto, na verdade, era só Atman, único e sem um segundo. Não havia mais nada que
piscasse. Ele pensou consigo: "Deixe-me agora criar os mundos".
2. Ele criou estes mundos: Ambhah, o mundo da água – nuvens altas; Marichi, o mundo dos raios
solares; Mara, o mundo dos mortais; e Ap, o mundo das águas. Yon é Ambhah, acima do paraíso; o
paraíso é seu suporte. Os Marichis é o interespaços. Mara é a terra. O que está abaixo é Ap.
3. Ele pensou consigo: "Aqui agora estão os mundos. Deixe-Me agora criar o mundo – guardiães." À
direita das águas Ele puxou para frente a Pessoa na forma de um caroço e deu-Lhe uma forma.
4. Ele descendeu através Dele. Dele, deste modo descendeu por toda parte, a boca estava separada,
assim como um ovo; forma a boca, órgão do discurso; do discurso, fogo, a divindade controladora do
órgão. Em seguida, as narinas foram separadas; das narinas, o órgão do alento; do alento, ar, a deidade
controladora do órgão. Em seguida, os olhos foram separados; dos olhos, o órgão da visão; da visão, o
sol, a deidade controladora do órgão. Em seguida, os ouvidos foram separados; dos ouvidos, o órgão da
audição; da audição os quadrantes dos espaços, a deidade controladora do órgão. Em seguida, a pele foi
separada; da pele, pêlos, o órgão do tato; dos pêlos, plantas e árvores, ar, a deidade controladora do
órgão. Em seguida, o coração foi separado; do coração, o órgão da mente; da mente, a lua, a deidade
controladora do órgão. Em seguida, o umbigo foi separado; do umbigo, o órgão do apana; do apana,
Morte (decadência), Varuna, a deidade controladora do órgão.
Em seguida, o membro viril foi separado; do membro viril, sêmen, o órgão da geração; do sêmen, as
águas, a deidade controladora do órgão.



CAPÍTULO II—FORÇAS CÓSMICAS NO CORPO HUMANO

1: Estas deidades, assim criadas, caíram neste grande oceano. Ele submeteu a Pessoa a fome e à sede.
Eles disseram a Ele: "Descubra para nós uma morada onde nos estabelecermos e para que possamos
comer comida".
2 – 3: Ele trouxe então uma vaca. Eles disseram: "Mas isso não é suficiente para nós". Ele trouxe então
um cavalão. Eles disseram: "Isso também não é suficiente para nós". Ele trouxe, então, uma pessoa. As
deidades disseram: "Ah, isto é bem feito, certamente". Portanto, uma pessoa é verdadeiramente algo
bem feito. Ele disse às deidades: "Agora entrem em suas respectivas moradas".
4: A deidade fogo tornou-se o órgão do discurso e entrou na boca. O ar tornou-se alento e entrou nas
narinas. O sol tornou-se visão e entrou nos olhos; os quadrantes do espaço tornou-se audição e entrou
nos ouvidos. Plantas e árvores, a deidade do ar, tornou-se pêlo e entrou na pele. A lua tornou-se a
mente e entrou no coração. A morte tornou-se apana e entrou no umbigo. As águas tornaram-se sêmen
e entraram no membro viril.
5: Fome e sede disseram ao Criador: "Para nós dois busque uma morada também". Ele lhes disse: "Eu
nomeio vocês dois como essas divindades; eu os faço co-participes com eles". Portanto, para qualquer
divindade que uma oblação é feita, a fome e a sede tornavam-se participes nela.




CAPÍTULO III— A ENCARNAÇÃO DO SUPREMO EU

1: Ele pensou Consigo mesmo: "Aqui agora estão os mundos e os guardiães do mundo. Deixe-Me criar
comida para eles".
2: Ele descendeu através das águas. Das águas, assim descendeu por toda parte, naquele lugar surgiu
uma forma condensada. A forma que deste modo emergiu é realmente alimento.
3: O alimento assim criado quis escapar. Ele procurou agarrá-lo com o discurso. Mas Ele não foi hábil
para agarrá-lo com o discurso. Se, certamente, Ele tivesse agarrado-o com o discurso, qualquer um teria
então sido satisfeito pelo mero proferir da palavra comida.
4 – 10: O Criador procurou agarrá-lo com o alento. Mas Ele não foi hábil para agarrá-lo com o alento. Se,
certamente, Ele tivesse agarrado-o com o alento, qualquer um teria então sido satisfeito pelo mero
cheirar do alimento. Ele procurou agarrá-lo com o olho. Mas Ele não foi hábil para agarrá-lo com o olho.
Se, certamente, Ele tivesse agarrado-o com o olho, qualquer um teria então sido satisfeito pela mera
visão da comida. Ele procurou agarrá-lo com o ouvido. Mas Ele não foi hábil para agarrá-lo com o
ouvido. Se, certamente, Ele tivesse agarrado-o com o ouvido, qualquer um teria então sido satisfeito
pelo mero ouvir de comida. Ele procurou agarrá-lo com a pele. Mas Ele não foi hábil para agarrá-lo com
a pele. Se, certamente, Ele tivesse agarrado-o com a pele, qualquer um teria então sido satisfeito pelo
mero tocar na comida. Ele procurou agarrá-lo com a mente. Mas Ele não foi hábil para agarrá-lo com a
mente. Se, certamente, Ele tivesse agarrado-o com a mente, qualquer um teria então sido satisfeito
pelo mero pensamento de comida. Ele procurou agarrá-lo com o membro viril. Mas Ele não foi hábil
para agarrá-lo com o membro viril. Se, certamente, Ele tivesse agarrado-o com o membro viril, qualquer
um teria então sido satisfeito pela mera emissão de comida. Ele procurou agarrá-lo com o apana e Ele
agarrou-o. Esta percepção de alimento é que é vayu, ar ou prana. Este vayu é que vive na comida.




11: Ele pensou Consigo mesmo: "Como isso pode existir sem Mim?" Então Ele disse para Si mesmo: "Por
qual caminho devo entrar?" Ele disse a Si mesmo novamente: "Se o discurso é proferido pelo órgão do
discurso, se o olfato é feito através da respiração, a visão pelos olhos, a audição pelos ouvidos, o tato
pela pele, o pensamento pela mente, a comida pelo apana e a emissão de sêmen pelo membro viril, eles
quem Eu sou?
12: Assim, perfurando o fim, o Senhor entrou através da porta. Esta porta é conhecida como o vidriti, a
fissura. Este é o lugar da felicidade. Atman, assim incorporado, tem três moradas, três condições de
sono. Esta é uma morada, esta é outra, esta é a terceira.
13: Tendo nascido como o Jiva, Ele percebeu os elementos como um com Ele mesmo. O que mais aqui
deveria desejar falar? Ele percebeu esta pessoa autêntica como o todo – permeando Brahma. Ele disse:
"Ah, eu tenho visto-O". (Idam Dra – This (I) saw)
14: Portanto, Ele é chamado Idandra. Idandra, certamente, é Seu nome. Ele, que é Idandra, eles
chamam indiretamente Indra. Para os deuses afigura-se ser amante de epítetos ocultos; certamente, os
deuses afiguram-se ser amantes de epítetos ocultos. (paroksha priyaahi iva devah).



Namastê
Lu Perez





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