Havia um mosteiro no alto de uma montanha onde viviam muitos monges, de diversas idades e origens.
Ali eles meditavam, entoavam mantras, liam os textos sagrados, trabalhavam uns para os outros, e cuidavam da natureza.
Uma vez, um visitante veio conhecer o mosteiro, e para isso um monge foi designado para guiá-lo.
Os dois caminhavam e o visitante ficou encantado com a simplicidade, a paz e a beleza do lugar.
Os dois caminhavam e o visitante ficou encantado com a simplicidade, a paz e a beleza do lugar.
Ele então vira-se para o monge e pergunta: Mas diga-me aqui todos são assim, pacíficos, tranquilos? Não vejo ninguém ansioso, apressado... este lugar é um paraíso, quem dera se o mundo lá fora fosse assim também, pura paz, harmonia e tranquilidade. Todos trabalhando serenamente, com o coração aberto e plenamente conscientes.
O monge então diz: Venha comigo que lhe mostrarei uma coisa importante.
Eles foram caminhando até o refeitório, e ali eles viviam de modo muito simples. Se alimentavam somente uma vez ao dia, e naquele dia o alimento era uma cuia de sopa de grão de bico.
Os dois chegaram até a porta e ficaram observado os monges se alimentando.
Havia um que orava enquanto se alimentava.
- Agradeço por este alimento. Com ele posso trabalhar, experimentar a vida e a benção de viver. A luz do sol, a terra, a chuva, as mãos que fizeram crescer esse grão de bico, manifestam toda a criação, a radiância da natureza inteira em cada grão. Esta deliciosa sopa, que irá alimenta meu corpo, e me dará energia para o trabalho e para a meditação. Gratidão por este alimento sagrado. Sou grato eternamente...
Havia um que comia em absoluto silencio. Nada dizia. Puro silencio...
E havia um que reclamava sem cessar:
- Que droga isso! Mais um dia comendo essa coisa sem gosto nenhum! Essa sopa de grão de bico de novo? Isso vai acabar comigo mais cedo ou mais tarde! Quem aguenta isso? Me dê uma comida de verdade! Assim desse jeito prefiro passar fome!!
O monge e o visitante ficaram ali observando os três em silêncio.
Eis que o monge se vira para o visitante e diz:
-Vê como a vida é como esta sopa o grão de bico?
Ela se dá a todos igualmente, mas como cada um a vê é que a torna um céu, uma realidade neutra, ou um inferno.
Na verdade, nada acontece ao grão de bico, ele apenas se dá, está ali, nada mais.
Porém as interpretações da mente, estas são infinitas...e não é só no mundo que encontramos isso...
Você acabou de ver, o céu e o inferno acontecem dentro da mente, nada acontece fora...
Ela se dá a todos igualmente, mas como cada um a vê é que a torna um céu, uma realidade neutra, ou um inferno.
Na verdade, nada acontece ao grão de bico, ele apenas se dá, está ali, nada mais.
Porém as interpretações da mente, estas são infinitas...e não é só no mundo que encontramos isso...
Você acabou de ver, o céu e o inferno acontecem dentro da mente, nada acontece fora...
Conto Zen
Namastê
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