O FOGO –
O fogo tem
sido sempre objeto de um verdadeiro culto. Simbolicamente, o fogo é
sinônimo de vida, de luz, de força,
de amor, e de força espiritual - O fogo permite transformar a matéria, por
fusão - Além disso, é considerado um
elemento purificador. O fogo é símbolo de luz, de purificação, de energia e de
sexualidade.
Como surgiu o
Fogo
Lenda Indígena recontada por Suzana Montauriol
Como sabemos os índios não compram as coisas em
supermercados ou feiras, não têm fogão, microondas, geladeiras... Eles saem à caça pra poder comer, ou quando
não sabem caçar, sempre tem sua horta de verduras, legumes e demais coisa que podem ser plantadas. Todavia há
muito... muito tempo atrás, eles não
tinham o Fogo... Todo calor que eles conheciam vinha só da luz do sol.
Não dá mesmo pra gente imaginar nossa vida sem o fogo...
Imaginem como faríamos nossa comida? E
quando acaba Luz... Sem a chama de uma vela... nossa que escuridão!!!! E sem uma
fogueira de São João!!
Contudo, houve um tempo que não existia fogo na Terra! E
quem nos conta essa história, ou melhor, essa lenda, são os índios
Caingangues - também chamados kaingang, kanhgág, guainás. Atualmente, os Caingangues ocupam território, nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os Caingangues estão entre os cinco povos
indígenas mais numerosos no Brasil.
Só Minarã possuía o fogo. Só havia uma lareira em toda
a terra conhecida pelos Caiangangues. A luz e o calor vinham só do sol. Não
havia recurso contra o frio e os alimentos eram comidos crus.
Minarã, índio de raça estranha, egoísta, guardava só
para si os segredos do fogo.
Sua cabana era constantemente vigiada e sua filha,
Iaravi, era quem mantinha o fogo sempre aceso.
Os Caiangangues, porém, não desistiam de possuir do
fogo também. Necessitavam do fogo para sua sobrevivência e não se conformavam
com a atitude egoística de Minarã.
Foi assim que Fiietó, inteligente e astuto jovem da
tribo, decidiu tirar de Miranã o segredo do fogo.
Transformado em gralha branca- Xakxó- partiu voando
para o local da cabana e viu que Iaravi banhava-se na águas do Gôio-Xopin, rio
largo e translúcido.
Fiietó lançou-se no rio e deixou-se levar pela
correnteza disfarçado de gralha.
A jovem índia fez o que Fiietó previa. Pegou a gralha e
levou-a para dentro da cabana e colocou-a junto à lareira. Quando secou suas
penas, a gralha pegou uma brasa e fugiu. Minarã, sabendo do ocorrido, perseguiu
a gralha que se escondeu numa toca entre as pedras.
Minarã com uma vara, bateu, bateu, bateu na toca até que viu a vara ficar manchada de
sangue. Pensando que havia matado a gralha
regressou contente à sua cabana.
De fato, a vara ficou manchada de sangue porque Fiietó,
esperto, esmurrara seu próprio nariz para enganar o índio egoísta.
Saindo de seu esconderijo, a gralha voou até um pinheiro.
Ali reacendeu a brasa quase extinta e com ela incendiou um ramo de sapé
levando-o também no bico. Mas com o vento, o ramo incendiou-se cada vez mais e,
pesado, o ramos caiu do bico de Xakxó.
Ao cair atingiu o campo e propagou-se para as matas e florestas distantes.
Veio a noite e tudo continuou claro como o dia. Foi
assim dias e dias. De todas as partes vieram índios que nunca tinham visto
tamanho espetáculo e cada um levou brasas e tições para suas tribos.
O Fogo agora pertencia a todos... E depois que
aprenderam as delícias do fogo, nunca mais quiseram viver sem o FOGO. Logo
aprenderam como fazer o fogo aparecer e hoje nas suas rodas sagradas, sempre há uma fogueira onde todos contam
histórias de seus antepassados.
... E o fogo com sua boca enorme saboreia todas as
histórias e depois baforando joga
a fumaça
para fora que sobe aos céus e junto
ao seu irmão vento as histórias
são espalhadas pelo mundo a fora e até
agente que tá aqui bem longe, fica
sabendo!!
Um Beijo
SU
A LENDA DA FÊNIX
A Phoenix, Fênix ou Phoinix (grego) é a
lendária ave que ateia fogo em si mesma quando descobre que está para morrer.
Ela povoou o imaginário mitológico das
antigas civilizações egípcia e grega.
A lenda diz que a primeira Phoenix surgiu de uma centelha que o deus Ra soprou sobre a face da Terra, representando o Fogo Sagrado da Criação.
A lenda diz que a primeira Phoenix surgiu de uma centelha que o deus Ra soprou sobre a face da Terra, representando o Fogo Sagrado da Criação.
Segundo a lenda, seu habitat é entre os
desertos da Arábia, entre as ervas e temperos aromáticos.
Ela vive por volta de 500 anos e após
esse período procura uma árvore solitária e, no alto de sua copa, faz seu ninho
com canela, olíbano (uma espécie de goma-resina, encontrado na África e na
Índia; especiaria muito utilizada na Antiguidade para se fazer incenso) e mirra
(espécie de arbusto encontrado em regiões desérticas, especialmente na África e
no Oriente Médio).
Ela, então, ateia-se fogo e de suas
cinzas surge um pequeno ovo vermelho de onde nasce uma outra Phoenix, mais
forte e mais bonita.
Ela representa a imortalidade do ser, o
poder de mudança, de consciência de si mesmo.
Pode ser vista, também, como um modelo
de perfeição ou de beleza absoluta.
Na mitologia egípcia a Phoenix é reverenciada
como a personificação do deus Ra (deus do sol). Existe somente uma da espécie e
é por isso que o deus Ra jurou que enquanto a Phoenix renascer das cinzas, a
esperança, no mundo, nunca morrerá.
Portanto, a Phoenix representa a
depuração da alma.
Segundo a lenda, o tamanho da ave
assemelha-se ao da águia. Tem olhos brilhantes como as cores das estrelas. Sua
plumagem é dourada no pescoço e no papo; púrpura no restante do corpo; possui
uma crista formada por penas finíssimas e delicadas, sendo sua calda
constituída por penas longas e suaves, nas cores branca e vermelha. Na
mitologia oriental também existe uma Phoenix que simboliza a felicidade, a
virtude e a inteligência. E sua plumagem é feita das sete cores sagradas para
os orientais: as cores do arco-íris.
Nenhum comentário:
Postar um comentário