quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
A aspiração à Transcendência
O desejo de transcender a condição humana, de ir além da consciência e da personalidade que conhecemos, é uma aspiração profunda e tão antiga quanto a própria humanidade. Encontramos isso nas pinturas medievais, nas crenças xamanicas, nas civilizações Hindu, China, Egito.
Mas é na civilização da Índia que encontramos uma variedade de crenças, práticas espirituais e rituais, que tem como objetivo alcançar uma dimensão além da realidade. Essa dimensão pode ser chamada de Deus, Ser supremo, o Absoluto, o Si mesmo, o Espirito, o Incondicionado e o Eterno.
Assim, existe três coisas correlacionadas - a saber, que o Supremo:
1. é único - isto é, um Todo indivisível e completo em si mesmo, fora do qual nada existe;
2. tem um grau mais alto de realidade do que o mundo da multiplicidade que se reflete para nós através dos sentidos; e
3. é o nosso bem ( nihshreyasa; latim:summum bonum), isto é, o mais desejável de todos os valores possíveis.
Além disso, muitos místicos afirmam que a Realidade última é perfeitamente feliz. Essa felicidade não é a simples ausência de dor ou desconforto, nem é um estado que depende do cérebro. Está além do prazer e da dor, que são estados do sistema nervoso.
Por isso quando me refiro a esse grau último do caminho espiritual, prefiro falar de realização de Deus ou realização do Si Mesmo, e não de experiência mística.
Resumo do livro a Tradição do Yoga
Georg Feuerstein
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