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"A alma que não se abate, que recebe indiferentemente tanto a tristeza como a alegria, vive na vida imortal."Fonte - Bhagavad-Gita

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Olhar





Estamos vivendo na era da transformação em todos os campos, o próprio Ser humano vem buscando um sentido e um propósito para restabelecer uma ordem. Podemos ver em alguns áreas um esforço para ir além do materialismo, sabemos que m
uitos ainda estão presos a esse império. Nos deparamos frente a um mundo moderno cheio de ilusões, o mundo que quem tem mais torna se rei. Um progresso na tecnologia, na medicina, na psicologia... um progresso grande no racional e uma falência do sentir, ouvir, tocar , se expressar.

Vemos no mundo uma sociedade que castra um crescimento na educação, uma outra parte que se preocupa com a formação acadêmica sem dar importância para o todo e uma minoria que trabalha a educação do ser completo.

Podemos cruzar as fronteiras em diversos lugares; em grandes capitais e pequenas cidades que vamos encontrar uma educação precária ou a educação sem alicerce.

Na primeira parte podemos constatar crianças que não tem acesso a educação, não tem oportunidade de estudo. E tantas outras que ainda estão matriculadas em escolas e nem sequer consegue ler direito; ensino precário e professores sem estrutura acadêmica para conduzir uma sala de aula.

Pesquisando mais sobre este assunto, acessei o portal do Gov do Brasil e o que mais me chamou a atenção foi a frase inicial do site:

Quem não tem nenhum acesso à educação não é capaz de exigir e exercer direitos civis, políticos, econômicos e sociais, o que prejudica sua inclusão na sociedade moderna.
http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2009/11/acesso-a-educacao

Fico indignada e triste ao ler uma frase desta, onde o governo do seu país não da suporte educacional a todas as suas crianças e se acham no direito se selecionar e excluir um Ser Humano em uma sociedade que está longe de ser um sociedade moderna.

Na segunda parte podemos constatar crianças e jovens onde seus pais tem condições financeiras para custear um ensino particular na certeza que estão fazendo o melhor para seus filhos. Porém, podemos observar que muitos deles estão emburrecendo, como diz o professor Laureano Guerreiro : Entram todos diferentes na escola e saem todos iguais.

Podemos constatar isso analisando o número expressivos de adolescentes que sofrem de depressão e extress no período do vestibular, que pra mim e mais um indício de que aquele Ser não teve nenhum alicerce sólido para passar por essa etapa da vida. O que futuramente teremos adultos infelizes, neuróticos e alienados.

Podemos citar também o uso excessivo da internet que distrai a todo instante o estudante mantendo fora do presente, numa ilusão caótica de um mundo moderno.

Uma reportagem da revista época fala do mal uso da internet e suas consequências para o cérebro: O escritor americano Nicholas Carr sentiu que algo estranho ocorria com ele há uns cinco anos. Leitor insaciável, percebeu que já não era capaz de se concentrar na leitura como antes. Na verdade, sua ansiedade disparava diante de qualquer tarefa que exigisse concentração – seus olhos procuravam a tela do computador ou do celular. O impulso de espiar na internet era quase incontrolável, diz ele. “Sentia que estava forçando meu cérebro a voltar para o texto”, afirma. “A leitura profunda, antes tão natural para mim, tinha se transformado numa luta.” Tal afirmação abre o livro The shallows – What the internet is doing to our brains (Os superficiais – O que a internet está fazendo com nossos cérebros, ainda sem tradução no Brasil) . Nele, Carr faz uma acusação seriíssima: a exposição constante às mídias digitais está mudando, para pior, a forma como pensamos. Ele e um punhado de autores respeitáveis acreditam que, por causa do uso excessivo de computadores e de outros aparelhos digitais, nosso cérebro é alterado e estamos nos tornando menos inteligentes, mais superficiais e imensamente distraídos – o inverso de tudo aquilo que fez de nós a espécie mais bem-sucedida do planeta Terra.
“Em vez de mentes juvenis inquietas e repletas de conhecimento, o que vemos nas escolas é uma cultura anti-intelectual e consumista, mergulhada em infantilidades e alheia à realidade adulta”, afirma Mark Bauerlein, autor de The dumbest generation (A geração mais estúpida). No livro, ele antecipa uma nova Idade das Trevas, quando os indivíduos que hoje são crianças e adolescentes chegarem à maturidade.
http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2011/10/internet-faz-mal-ao-cerebro.html

Por último, podemos ressaltar uma minoria que faz parte de uma educação que visa o Ser por inteiro, um bom exemplo disso é o ensino de Satya Sai Baba que estabelece um método educacional com valores humanos universais; verdade, retidão, paz, amor e não – violência.

Fundou escolas primárias e secundárias, além de uma conceituada universidade com três campi, que oferece cursos de graduação, mestrado e doutorado. Nenhuma taxa é cobrada pelos cursos e a admissão não depende de raça, religião ou situação financeira. Além de enfatizar a obtenção da excelência acadêmica, o sistema de educação integral de Sathya Sai fomenta a autodisciplina e a boa conduta social. Os estudantes recebem orientações sobre moralidade e espiritualidade e dedicam várias horas semanais ao serviço comunitário. Sathya Sai Baba diz: "O objetivo da educação é o caráter". Ele também declara:

Se houver retidão no coração, haverá beleza no caráter.
Se houver beleza no caráter, haverá harmonia no lar.
Se houver harmonia no lar, haverá ordem na nação.
Quando houver ordem na nação, haverá paz no mundo.
http://www.sathyasai.org.br/sai-baba/obra/educacao.html

No Brasil já funcionam 5 escolas que tem como princípio esses valores, onde o coração é a verdadeira fonte da educação. Um método de transformação onde o professor é o exemplo, constituindo uma forma mais humana de se educar e principalmente de ser orientado com uma educação onde o Ser é respeitado em sua essência .

A educação deve transformar a pessoa em uma autentica reencarnação da realidade superior, sendo uma grande força construtiva para realidade humana. Desejo realmente poder ver mais crianças plantando amor ao invés de recriar maquinas.

Namastê

Lu Perez

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