Esse filme trata principalmente do itinerário espiritual de um garoto curioso chamado Piscine Molitor Patel, vulgo Pi. O mais importante no filme foi a descoberta de Pi as três religiões que o acompanharam durante a vida, o hinduísmo do qual aprendeu a devoção, o islamismo do qual aprendeu a ver Deus em todas as coisas e o cristianismo do qual aprendeu a amar.
Interessante notar que o fato de Pi ter conhecido diferentes religiões, parecidas e discordantes entre si, não o impediu de tomar uma decisão livre de qualquer pressão.
Com o tempo Pi teve de aprender não só a sobreviver às intempéries do mar como a domar o tigre faminto. É muito fácil perceber que o período que Pi passou com o tigre no mar foi uma bela demonstração das virtudes: a fé, a esperança e a caridade. Pi exercitou o dom da fé substituindo as quase obrigatórias murmurações por diálogos e até discussões com Deus; cultivou a esperança por meio das simples instruções de um manual de sobrevivência; e o mais importante: Pi não se fez de coitadinho nem descontou a raiva, o abandono e o desespero no tigre com quem conviveu durante todo esse tempo.
O filme mostra que Deus é humilde até em sua providência. Não há teletransportes, água do mar transformada em vinho, peixe transformado em filé mignon, etc. A lição é sobretudo a que temos de estar atentos aos movimentos divinos. Esse exercício ou prova divina repete-se ao longo de toda a “Aventura de Pi”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário