Às vezes quando abro o face, tudo me cabe, todas indiretas, indigestões, toda falta de solução, tudo me cabe, todas carapuças, sou a invejosa, a preguiçosa, a ingrata, , tudo me cabe, sou a bonita, a talentosa, a trabalhadora, empreendedora. A política da culpa, a política do bonzinho, a política da opressão, a política do puxa saquismo, a política do inalcançável, a política do sucesso e do fracasso.
O controle, a falta de habilidade de se relacionar e se expressar, um sistema perfeito de encaixe. Uma frase mal feita, uma frase bem feita, é já era, a fita e o nome está do lado, aguardando o dono.
Dessas vezes posso acreditar em tudo, em instantes me transformo no pior ser humano do mundo, ou o melhor.....
Tantas opções: se eu curto, tenho q comentar? se comento, vou ser o puxa saco? melhor não se expressar, se a palavra fere, ou se expressar porque quem não se comunica, se estrumbica?
Acertar, errar....
Ufa, aperta meu coração na culpa ou eleva meu vício de significância, meu grande orgulho por ser qualquer coisa dessas?
Então, que um grande sinal vermelho, se acende, perigo, perigo! É a hora de respirar, reconectar, mudar a reticências da frase Eu Sou, e colocar um belo e poético ponto final. Eu Sou.
Sair da grande ilusão é mais que uma necessidade é uma urgência, saber quem se É, é trazer luz ao mundo e fazer brilhar o outro. Quem está no espelho?
Será que foi pra mim? Será que foi pra vc?
Amigo, fique tranquilo, essa foi para a única pessoa que sempre É, eu mesma.
Dani Leela
"Os outros têm uma espécie de cachorro farejador, dentro de cada um, eles mesmos não sabem. Isso feito um cachorro, que eles têm dentro deles, é que fareja, todo o tempo, se a gente por dentro da gente está mole, está sujo ou está ruim, ou errado... As pessôas, mesmas, não sabem. Mas, então, elas ficam assim com uma precisão de judiar com a gente..."
Guimarães Rosa