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"A alma que não se abate, que recebe indiferentemente tanto a tristeza como a alegria, vive na vida imortal."Fonte - Bhagavad-Gita

domingo, 21 de junho de 2015

A respiração do Divino






Georg Feuerstein, autor do Best-seller A Tradição do Yoga explica que a palavra sânscrita mantra, numa explicação esotérica, significa “aquilo que protege (trana) a mente (manas)”. 
Especificamente, um mantra é um som, uma letra, uma sílaba, uma palavra ou uma frase carregada do poder de operar transformações. Assim, o mantra pode ser explicado como um som dotado de poder, pelo qual podem se operar efeitos específicos sobre a consciência.
O mantra OM é o mais antigo mantra (um som sagrado e dotado de poder). Ele é considerado o mantra dos mantras. O som do qual emana o Universo, a substância essencial que constitui todos os outros mantras, sendo  o mais poderoso de todos eles.
OM é o som primordial, o som causado pelas vibrações da Criação através da Vontade Emergente do Sem Forma e Sem Atributos e é conhecido como o som transcendental divino.

É uma composição dos sons A, U e M. Assim como D, E, U e S tomados juntos se pronunciam “DEUS, também as letras A, U e M são pronunciadas como OM. “A” emana da garganta, “U” da língua repousando no interior da boca e “M” dos lábios. Mas quando o OM é pronunciado, o som emana da região central do ser.”

OM é DEUS, DEUS É OM.

Podemos refletir sobre os aspectos de Deus em Sua „OMnipresença, OMnisciência, OMnipotência‟... ”DEUS ressoa, reage e reflete em todos e em cada um”; “Ele Cria, Sustenta e Transforma”; “Eis a Perfeita trindade UNA”; “ Eu sou o mensageiro de Deus, Eu sou o Filho de Deus, Eu e o Pai somos Um”; “Eu estou na Luz, a Luz esta em mim, Eu Sou a Luz”; “ E no Princípio, era o Verbo...”

Os grandes Mestres orienta que durante a repetição deste Divino Verbo, a atenção seja amorosamente direcionada no centro cardíaco e que o fluxo da energia respiratória siga conscientemente no sentido ascendente até o centro frontal e desça novamente ao centro do peito e circule neste comando durante todo o tempo da repetição.

A – representa a Criação do Universo
U – simboliza a Sustentação do Universo
M – representa a Transformação do Universo

OM é a maneira como as letras A, U e M são pronunciadas em conjunto. Nenhuma dessas letras possui força espiritual, mas juntas elas despertam vibrações energizantes. Repitam o OM lentamente, contemplando suas vastas potencialidades.


Escutar o mantra OM é como escutar o próprio Brahman, o Ser. Pronunciar o mantra OM é como transportar-se à residência do Brahman. A visão do mantra OM é como a visão da própria forma. A contemplação do mantra OM é como atingir a forma de Brahman.
O Yoga Sutra, famoso livro de Patanjali, diz que o OM é a representação de Deus em sua forma manifestada.
A Bíblia, livro sagrado dos cristãos diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele” (João 1:1-3)
A maioria das autoridades espirituais vê o mantra OM como a vocalização de um “som” propriamente dito, ou uma vibração, que está presente em todo o Universo e é audível para os yogins em estados superiores de consciência.
No Atharva-Shikhâ-Upanishad, em um dos textos sobre a palavra sagrado OM, começa com a seguinte pergunta: Sobre que devemos meditar: A resposta é: Na sílaba OM, que simboliza o supremo Absoluto (Brahman).
O texto diz que esse mantra tem quatro partes, cada qual tem diversas correlações simbólicas:
1.O som A: terraric (hinos de louvor) – Rig-Veda – Brahma. Dedicado a Brahma.

2.O som U: atmosfera – Yajus (fórmula sacrifical) – Yajur-Veda – Vishnu – Rudras (divindades que governam a região intermediária entre a terra e o céu).Dedicado a Rudra
  
3.O som M: céu – sâman (cânticos sagrados) – Sâva-Veda – Vishnu – Âdityas (divindades ligadas à deusa Adita, que simboliza a infinitude primordial) – métrica jagatî – fogo ahavanîya – negro – dedicado a Vishnu. 

Há milênios que a sílaba sagrada OM, descoberta pelos sábios videntes (rishis) védicos, ou a linhagem de sábios que compuseram o breve Mândûkya-Upanishad utilizaram esse antiqüíssimo mantra para explicar a metafísica do Advaita Vedânta. Assim, as três partes (mâtra) constitutivas da sílaba – a saber,  A + U + M – são explicadas como símbolo do passado, do presente e do futuro, bem como dos estados de vigília, sonho e sono profundo.
A U M São letras que simbolizam os três níveis de consciência: A letra A refere-se ao consciente, U ao subconsciente e M ao inconsciente. AUM é representado pelo símbolo . Porém, ele tem dois sinais extras que não encontramos nas letras AUM, que são o “bindu” e o “raif”.
O “bindu” significa o ponto transcendental, DEUS imanifesto. O “raif” significa a interligação inefável entre o finito e o infinito.
Ao repetirmos ou cantarmos o mantra OM, nos somos levados de um estado de extorversão a um estado de introversão, nos harmonizamos e harmonizamos o entorno. Liberamos energias letárgicas; neutralizamos a dispersão; pacificamos os turbilhões da mente; intensificamos a concentração; estimulamos o despertar da energia adormecida (kundalini).  Mergulhamos na Consciência Transcendetal, DEUS.
De OM a AUM são sons ou vibrações especiais, de alta potência, que dão acesso direto às realidades espirituais.


Namastê
Lu Perez
HariOM


sábado, 20 de junho de 2015

21 de junho - Dia do Yoga








FELIZ DIA DO YOGA - 21 de junho
Coloque suas mãos em namaskar e olhe para alguém ou para algo com amor atencioso durante 3 á 5 minutos você começará harmonizar.
HariOm deseja um lindo dia do yoga, que a prática possa ser entendida
além de posturas bonitas e corpos saudáveis. 





Namaskar

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Lua cheia





Lua Cheia é sempre um dia especial, uma altura para nos ligarmos à Natureza e à verdadeira natureza do nosso Ser é um período de reflexão sobre o nosso caminho: no auge do ciclo lunar podemos ver com a clareza do Sol a escuridão do nosso interior.

Não é boa altura para tomarmos decisões sobre o rumo da nossa vida, uma vez que as emoções encontram-se estimuladas pela energia da Lua. Nem é boa altura para o inicio de novos projectos. Mas a Lua Cheia é boa para vermos a colheita do que semeamos antes. Boa altura de fazer o balanço e ver onde estamos, para poder ver: quem somos agora?


Um momento em que a nossa noção de nós aumenta, em que sentimos que a Força existe em nós, podemos sentir como renascemos  e crescemos a cada momento que respiramos e aceitamos que Somos, quem somos.

Namastê
HariOm